O dia Mundial da Surdocegueira é comemorado
em 27 de junho. A data faz referência ao nascimento de Helen Keller, escritora
e ativista social americana. Com a ajuda de sua professora Anne
Sullivan, mostrou ao mundo as possibilidades do ser humano ultrapassar
barreiras. Ela se tornou a primeira pessoa surdacega a conquistar um
bacharelado.
A falta de
conhecimento e informação sobre a deficiência e os inúmeros desafios superados,
causam espanto e admiração, afinal, nem todo mundo sabe como de fato acontece
as diversas formas de comunicação e a sua importância.
As pessoas
surdocegas usam línguas de sinais de seu país – A Língua Brasileira de Sinais
(LIBRAS) é só no Brasil. O principal recurso de acessibilidade para a pessoa
com surdocegueira é o “guia intérprete”.
Tipos de
Surdocegueira: Cegueira Congênita e Surdez Adquirida; Cegueira e Surdez
Adquiridas; Surdez Congênita e Cegueira Adquirida; Baixa visão com Surdez
Congênita ou Adquirida; Cegueira e Surdez Congênita.
Comunicação:
Existem casos em que a pessoa adquire uma Língua antes de tornar-se surdocega;
neste caso, dizemos que é um surdocego pós linguístico, como por exemplo, se a
pessoa nasceu surda, sua a primeira língua aprendida é a dos sinais (LIBRAS,
aqui no Brasil). Ainda para pessoas que fazem uso de Língua de Sinais, se a
pessoa tem o campo da visão reduzido, o guia intérprete fará os sinais em um
determinado campo limitado onde este surdocego consiga visualizar.
Braille: é um recurso utilizado por pessoas com cegueira ou deficiência visual
para desenvolver a escrita e a leitura pelo tato. Para tanto são usados
recursos materiais como: reglete, punção, máquinas Braille e soroban e
atualmente a tecnologia da Linha Braille.
Alfabeto
Dacticológico: é o uso do alfabeto manual utilizado pelos surdos. O
interlocutor faz a letra na palma da mão da pessoa surdocega.
Tablitas de
comunicação: é um meio de comunicação feito de plástico resistente com letras
em relevo, números ordinários e caracteres em braille. A pessoa com
surdocegueira coloca o dedo indicador nas letras estabelecendo a comunicação.
CCTV: é um
ampliador de imagens que visa auxiliar a pessoa que tem um resíduo visual muito
pobre a ler e escrever, o CCTV amplia em até sessenta vezes o tamanho da
figura.
Tellethouch:
Este aparelho tem teclado de uma máquina braille e um teclado normal. O teclado
braille assim como o teclado normal levantam na parte de trás do aparelho uma
pequena chapa de metal, a cela braille, uma letra de cada vez. Ao interlocutor
do surdocego basta saber ler. Sabendo ler pressionará as teclas normais da
tellethouch como se estivesse redigindo um texto escrito qualquer.
Escrita em
letras de forma: Neste caso, é preciso que o interlocutor conheça as letras
maiúsculas do alfabeto. O dedo indicador funciona como uma caneta e o
interlocutor escreve na palma da mão do surdocego.
Tadoma:
A pessoa surdocega deve ter conhecimento da língua oral e então, coloca uma das
mãos na face do interlocutor próxima à boca para então fazer a “leitura” da
articulação das palavras e sentir também a vibração dos sons. É preciso muito
treino e prática da pessoa surdocega para estabelecer comunicação utilizando
este método. O método também é chamado como “leitura labial tátil”, na qual a
pessoa surdocega sente o movimento dos lábios, bem como as vibrações das cordas
vocais, o movimento das bochechas e o ar quente expelido pelo nariz para a
produção de sons nasais, como ‘N’ e ‘M’, criado pela professora
norte-americana, Sophia Alcorn.